A raça de Lagoa Santa - velhos e novos estudos sobre o homem fóssil americano

O professor Imbelloni ocupa-se com abundância de detalhes do assunto, esclarecendo-o com procedentes argumentos. Em capítulo de sua obra A esfinge indiana ele estuda com proficiência a debatida e velha questão da presença do elefante na América.

Além das teorias a que nos temos referido, sobre as prováveis emigrações para a América, nós encontramos ainda outras de uma origem europeia, como a que cita Quatrefages.

Do mesmo modo pensam Anton, notável antropólogo espanhol, e o famoso etnólogo americano do norte — Bronton.

Ainda temos que admitir a hipótese inversa, isto é, de que na América se produziram as correntes culturais que daí passaram ao velho continente.

São ainda citadas as origens tártara e chinesa, a asiático-meridional, asiático-ocidental, mesopotâmica, africana, oceânica, a dos continentes desaparecidos e a autóctona. O estudo do homo americanus está naturalmente ligado ao estudo do homem em geral, e, dessa forma, sujeito às leis da evolução.

Novas teorias têm surgido a propósito de tão complexo problema.

Uma delas é de Wegner, segundo a qual os continentes estiveram antes unidos, separando-se depois, lentamente. Por aí se daria a passagem dos grandes mamíferos e do próprio homem.

O eminente antropólogo português, prof. Mendes Corrêa nos diz que a apregoada crise do transformismo deve ser apenas encarada como uma fase de controvérsia sobre os fatores, mecanismo, extensão e sentido das transformações.

A existência destas não pode cientificamente ser contestada, a não ser que se interprete como um estranho capricho do Criador tudo o que a paleontologia,

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