Meu coração de tanto palpitar,
dá mostras de sentir-se fatigado.
Dentro dele se agita o meu passado,
como um plangente, um soluçante mar.
Ora sacode as ondas de vagar
num lamento monótono e,
ora ele se eleva um alto brado
de tristeza, de angústia, de pesar.
Mas o grito maior que dele parte
sobrepujando as outras agonias,
da Morte diante da terrível lei,
é que sinto que vou abandonar-te
quando tu mais de mim precisarias,
filho do filho meu que tanto amei.
Medeiros escreveu cantos vigorosos, romances interessantes e admiráveis livros de viagens. Em romancista não encontraria o seu paradigma na complexa personalidade do vosso eminente antecessor.
Mas se um homem de ciência de molde antigo, poeirento, hirsuto, rabona escura e olhar paranoico sobranceiro à turba ignara, não poderia evocar a imagem luminosa do nosso amigo, já o sábio moderno e ágil, claro como sois vós, vivendo a existência árdua e feliz dos laboratórios, sem esquecer que em nossos dias o indivíduo isolado da massa humana é fóssil sem valor, esse poderia bem lembrar Medeiros que foi, para mim, principalmente, um cientista transviado, espírito pesquisador antes de tudo, que a vida não permitiu seguisse o caminho da inclinação natural.
Medeiros e Albuquerque nasceu no Recife aos 4 de setembro de 1867. Fez seus estudos no Brasil e em Portugal, países em que a cultura científica mal começava a ser levada em conta. No tempo de moço,