Ensaios brasilianos

dois mil réis; um, de feijão por oito a dez mil réis; um de farinha custava 11 patacas, uma libra de carne valia seis vinténs.

Logo nos primeiros meses os dois irmãos conheceram os índios, que, durante tanto tempo, lutaram nestes arredores, os Bugres ou Coroados, que o naturalista descreveu como sendo "hübscher als viele Brasilianer und weit schöner als die Neger" (12)Nota do Autor

A grande alegria de Fritz Müller, naquele meio perigoso e desconfortável, provinha afinal do sentimento, quase feroz, da sua independência individual: "... das dankst du fast alles deiner eigenen Arbeit mit eigener Hand hast du den Hausplatz von Baumen gesäubert..." (13)Nota do Autor"

Algumas vezes foi obrigado a tratar de doentes, médico para quem a medicina não tinha nenhum encanto.

Entre os casos da sua existência, então rodeada de imprevistos, cita ele o acidente que sofreu quando uma palmeira, as cair decepada, atingiu-o na cabeça, prostrando-o ensanguentado.

Da língua portuguesa não se cogitava na jovem colônia. Não tinha razão de ser. Ele achava o idioma fácil, uma espécie de "ein Latein, dem man die Knochen zerschlagen hat (14)Nota do Autor.

Três vezes por ano — Páscoa, Pentecostes e Natal — matava-se uma vaca em Blumenau. O azeite de peixe alumiava os lares. Por sorte, Fritz Müller encontrou na floresta a árvore do Araribá, cujos ramos ardiam com boa luz, facilitando os bordados e costuras da mulher.

As mãos do sábio manejavam, com firmeza, o machado e a enxada.

Por isso, em 1855 o Dr. Blumenau pôde escrever a Hermann Trommsdorff dizendo que a força de vontade e a energia dos irmãos Müller eram notáveis, bem

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