Ensaios brasilianos

fisiológica ou ecológica. A taxinomia não o tentou jamais.

Foram os invertebrados, principalmente, o objeto mais constante dos seus estudos; nas plantas, foi a biologia floral o que mais o preocupou. Não é razoável repetir, aqui, o nome de todas as publicações científicas da Alemanha, da Inglaterra ou da França, em que apareceram as suas notas. Elas estão ao alcance de qualquer estudioso, nos volumes editados por Alfred Möller. Convém, todavia, fazer uma exceção. É a que se refere aos "Arquivos do Museu Nacional" única publicação que durante longos anos o mundo científico recebeu do Brasil, eco solitário da cultura mental da Sul América no concerto dos sábios.

Fritz Müller ali publicou, desde 1877, algumas das suas mais notáveis descobertas. E se mais não nos deu, foi porque a falta de recursos neessários As caríssimas impressões científicas, sempre dificultaram a regularidade da publicação. Um dos trabalhos de Fritz Müller só apareceu quase dez anos depois de entregue. Felizmente a República tem pensado um pouco mais neste assunto. Embora com o orçamento ainda muito menor do que o necessário, para atender a tudo quanto lhe incumbe, vai hoje o Museu publicando, regularmente e dignamente ilustrados, os seus Arquivos, Boletins e outros opúsculos.

O primeiro trabalho de Fritz Müller, enviado de Santa Catarina para a Europa, foi a nota sobre as planárias terrestres, publicada em 1856.

Sucessivamente, foram, daí por diante, aparecendo documentos de uma atividade assombrosa, memórias e monografias sobre os Annelideos e as Medusas, uma das quais ele denominou "Tamoya"; sobre os Polypeiros, sobre uma larva de brachiopode, sobre o sistema nervoso colonial da Serialaria coutinhii, briozoário dedicado ao Dr. João José Coutinho, Presidente

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