O Rio de São Francisco. Fator precípuo da existência do Brasil

que transformará o Brasil em uma grande potência com bases econômicas estáveis, concorrendo para nutrir grandes massas de homens e dispondo de recursos para manter em respeito povos imperialistas, constrangidos pela pletora demográfica a se expandir para viver. Formem todos os brasileiros uma grande corte em torno da bandeira que nos guiará para a prosperidade econômica, elemento indispensável para que um povo possa manter indefinidamente a sua autonomia política. Foi nos campos irrigados do Mississipi, do Colorado e da Califórnia que a América do Norte baseou a sua hegemonia entre as nações, e as aparelhagens industrial e bélica foram etapas consequentes da riqueza agrícola. Perseveramos no erro de não começar a construção pelos alicerces. Quando a Inglaterra e a Alemanha, superindustrializadas, procuram regressar às atividades do campo, nós outros, à sombra de artifícios, persistimos em enveredar, acobertados por barreiras aduaneiras, pelas estradas que os outros já desprezam. Tudo leva a crer que dentro em pouco as autarquias estúpidas desaparecerão, estabelecendo-se uma liberdade de permutas e de circulação entre os homens, para facilitar uma melhor existência dos mesmos. Urge, portanto, adaptarmo-nos a esta nova fase, sob pena de pagarmos bem caro a nossa teimosia. Como no Egito, na fase da decadência, os faraós se esquecem das necessidades vitais do país para encaminhar as atividades humanas na construção de novas pirâmides, que lhes incensarão a vaidade através das gerações. As grandes capitais, dotadas de colossais arranha-céus, são luxos pagos a alto preço pelas nações da atualidade. Já é tempo de surgir no Brasil um novo Sesóstris, que transforme o São Francisco em um manancial de utilidades para o Universo, deixando

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