quando se lê o texto do Esmeraldo de Situ Orbis. de Duarte Pacheco Pereira: "a quarta parte que Vossa Alteza mandou descobrir além do oceano", e se sabe do conhecimento que tinham os lusos da continuidade territorial da América de norte a sul, revelada na carta de Pascuáligo, que surpreendeu ao próprio Humboldt.
A carta de mestre João existe realmente. Seu autor não é uma invenção e o personagem a quem se refere não é fictício ou desconhecido. Bacharel em artes e medicina, astrônomo e um tanto geógrafo, como sola acontecer com a maioria dos médicos da época, mestre João viajava em um dos navios menores da frota cabralina, desembarcou em nossa terra, calculou-lhe com o astrolábio a posição geográfica e observou de suas plagas virgens o Cruzeiro do Sul resplandecendo no veludo do céu noturno. Souza Viterbo vê nele o astrônomo e médico galego de nomeada João Faras, tradutor de Pomponio Mela.
Aquele a quem atribui a posse do mapa antigo onde vinha assinalado já o Brasil era o famigerado Pero Vaz da Cunha, d'alcunha o Bisagudo, que comandara a esquadra mandada por D. João II a restaurar Bemoi, Príncipe de Jolofo, e que apunhalara o desgraçado régulo africano no rio Çanagá ou Senegal, sob o pretexto de traição, mas de fato para evitar a insalubridade da região e voltar mais depressa à boa vida do Reino. Posto de parte pelo soberano após o