Pelas cartas, mapas-mundo e globos do tempo se vê que a América nem era suspeitada. Ignorava-se em absoluto a chegada dos normandos à parte setentrional do continente. Nos mais antigos mapas-mundo, a única cousa que de verdade se pode bem reconhecer é a configuração do Mediterrâneo. O de Cosmas Indicopleustas, por exemplo.
Cosmas foi um mercador de Alexandria que acabou monge e morreu no meado do século VI. Viajou muito. Esteve na Etiópia e na Tapobrana. Escreveu a Topographia Christiana, na qual refuta com empenho a heresia da esfericidade da terra e da existência de antípodas, de acordo com Santo Agostinho, Lactancio, São Basilio, Santo Ambrosio, São Justino Mártir, São João Crisóstomo, São Cesario, Procopio de Gaza, Severiano de Gábala, Deodoro de Tarso, Eusebio de Cesaréa e outros luminares da ortodoxia.
Todavia, Gesenius e Wilson são de opinião que muitos doutores da igreja admitiam a ideia dum grande continente além-mar, vinda naturalmente da influência que deixara nos espíritos a Atlântida de Platão.
A revelação dos sacerdotes egípcios a Solon de que nove mil anos antes tinham vivido num vasto país do Oceano, para lá das Colunas de Hércules, povos felizes, de brilhante civilização, que empregavam metais preciosos e se regiam mediante sábias