estupenda de uma vontade tenaz e disciplinada, incoercível e indomável, que só por si bastaria para atestar-lhes a posse de um caráter superior.
Durante os trezentos anos da nossa formação nacional, com estes bandeirantes do sul ou com aqueles pastores do norte, nós nos exibimos na história com as melhores qualidades de robustez moral: a têmpera fragueira das aventuras, a resistência às intempéries do deserto, a capacidade das expectativas remotas, a obstinação saxônia dos propósitos, o amor do isolamento e da autonomia, o destemor da solidão e do desconhecido. E as grandes "bandeiras" e os numerosos engenhos e os inumeráveis currais de "gado grosso", com que enchemos e povoamos o país em toda a sua extensão e latitude, documentam o vigor desses atributos varonis.
Mas, essa raça de pioneiros - dirão - é apenas uma fauna monstruosa da nossa paleontologia social. Dela, nem ao sul, nem ao centro, nem ao norte, existem sequer remanescentes que a recordem.
É este, porém, um enormíssimo erro. Os urbanitas das nossas grandes capitães não sabem muito bem o que está acontecendo por esse vastíssimo Brasil de lavradores e pastores. O movimento colonizador, iniciado, há mais de três séculos, com os boiadeiros setentrionais e os sertanistas de São