Novas cartas jesuíticas (de Nóbrega a Vieira)

Vieira, tratando de matéria ainda pouco estudada, requeriam notas mais amplas, janelas abertas para os assuntos novos. Empenhados na coordenação, interpretação e redação destes assuntos do século XVII, para a continuação da história geral, o compasso de espera, que representa a preparação e publicação destes documentos, não podia ser longo. Recorremos naturalmente a amanuenses, no trabalho material das cópias. Conferimo-las, não quanto à ortografia, mas com a preocupação da fidelidade à morfologia e ao texto. Quem nos garante ainda assim, que se não tenha dissimulado, na leitura ou transcrição de tantos inéditos, alguma inadvertência? Contingências da arte, que só poderão surpreender quem de todo a ignore. Parte das cartas de Nóbrega, Luiz da Grã e outros encontram-se pelos Arquivos em castelhano. Escreveram-se originariamente, quando o autor a sabia, ou verteram-se nessa língua, para mais fácil compreensão dos Padres Gerais espanhóis, os três primeiros. Traduzimo-las ou retraduzimo-las. Para um publico de língua portuguesa não fazia sentido aparecerem em língua estranha.

Perguntar-se-á porque incluímos aqui também as cartas de Vieira. Por dois motivos. Porque António Vieira tem para o norte do Brasil, de formação tardia, só no século XVII, papel idêntico ao dos primeiros Jesuítas no centro e no sul. Quisemos conglobar na mesma obra documentos aparentados no espírito e no objetivo: defesa dos índios e crítica de costumes. Manuel da Nóbrega e António Vieira são, efetivamente, os mais altos representantes, no Brasil, do criticismo colonial. Viam justo - e clamavam! E ainda quando o zelo lhes

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