nações, cresce ainda de significação quando fazem parte de um país novo como o nosso, condômino, por assim dizer, de uma civilização que recebeu pronta, sem ter contribuído em quase nada para seu desenvolvimento; nação que tem — é forçoso reconhecer, embora nos fira o amor próprio — uma existência provinciana em relação à dos grandes agregados humanos do mundo ocidental a que pertence; história desprovida de fatos com repercussão universal e acontecimentos significativos, capazes de mudarem ou marcarem etapas no curso da evolução humana. Só a anedota pode, em casos tais, quebrar a aridez do assunto, e manter vivo o interesse pelo estudo dos fastos nacionais.
No livro de Viriato Corrêa se nos deparou uma crônica versando matéria de que até então não tivéramos a menor notícia. Referimo-nos ao artigo "Os Embaixadores de Dagomé" (de págs. 75 a 86), relatando os curiosos e burlescos episódios que sucederam na Bahia com os componentes de uma embaixada que o Dagomé(1) Nota do Autor rei de Ajudá, um estado indígena na Costa da Mina, no golfo de Benim, enviara ao Príncipe Regente de Portugal e Algarve em 1795, com escala na Bahia, onde coube ao então Governador e Capitão General D. Fernando José de Portugal (futuramente Vice-Rei do Brasil e Marquês de Aguiar) recebê-los e hospedá-los à chegada d'África e no regresso de Lisboa, para onde os encaminhara, lá falecendo um dos embaixadores, já convertido à religião Católica, e batizado. Teríamos tido prazer, então, em mergulhar no conhecimento dos pormenores, antecedentes, e consequentes dessa embaixada, mas a total ausência