Viagem de África em o Reino de Daomé

INTRODUÇÃO

Em 1921 a Livraria Castilho, do Rio de Janeiro, lançava à publicidade o livro Terra de Santa Cruz - Contos e Crônicas da História Brasileira, da autoria de Viriato Corrêa. Apressamo-nos a adquiri-lo e lê-lo de uma assentada, despertado que já nos fora o apetite para esse gênero literário pelo conhecimento que no começo do mesmo traváramos, em Caxambu, com outro livro do autor, Historias da Nossa História, emprestado por um hóspede do mesmo hotel em que estávamos.

Terra de Santa Cruz, escrito naquele estilo leve, ameno e despretensioso, que caracteriza as produções do ilustre acadêmico maranhense, não nos decepcionou. Muito pelo contrário. Rapazote de quinze anos, até então só conhecíamos da História do Brasil os aspectos exteriores, oficiais e formalísticos: róis de governadores gerais, guerras com os índios, lutas com os holandeses, entradas pelos sertões, lutas com os espanhóis ao sul, tentativas de independência, etc.; reduzidos, como é de uso nos compêndios escolares, a mera resenha de datas e nomes próprios de pessoas e lugares, fria, desinteressante e inexpressiva. Começamos a perceber que, de permeio a isso tudo, e animando o passado, havia episódios menos conhecidos, anedotas pitorescas e pormenores significativos, muito mais próprios para despertar e fixar o interesse dos estudiosos que a roupagem hirta e sensaborona da história oficial. A importância do conhecimento anedótico do passado, indesprezível nos fastos das grandes

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