o do Estado do Maranhão, subordinado diretamente a Lisboa; isto porque mais facilmente se poderiam comunicar com a Metrópole, apesar da distância, do que com o resto da América Portuguesa (numa época em que as ligações se faziam exclusivamente por mar), em virtude das correntes oceânicas desfavoráveis na costa Leste-Oeste.
A consciência, pois, de que as terras d'aquém e a Costa d'África fronteira constituíam como que uma unidade econômica, e em consequência disto, também se deveriam administrar conjuntamente, existia, não só no governo português, que subordinava os comandos militares das fortalezas litorâneas d'África e os governadores subalternos dessas regiões ao governo geral do Brasil, como ainda em outras nações com tendências a se expandirem colonialmente.
Os organizadores da Companhia das Índias Ocidentais, formada nos Países-Baixos com o objetivo de hostilizar as possessões espanholas da América, explorando pela pirataria marítima as riquezas minerais do Peru e do México, e as agrícolas da parte setentrional do nosso país e das Antilhas, fizeram questão de incluir na área do seu privilégio os domínios portugueses (então sujeitos à dinastia espanhola) da Costa fronteira.
De Pernambuco partiu a expedição, sob o comando de van Koin, em 1637, que se apoderou do Forte da Mina; e quando, aproveitando o período entre a assinatura das tréguas pactuadas entre a recém-restaurada monarquia portuguesa e os Estados Gerais de Holanda, e a data de sua ratificação oficial, os flamengos se apoderaram à falsa fé do Reino de Angola, foi também de Pernambuco, então sob o domínio da West-Indische Compagnie, que partiu a expedição conquistadora. Da mesma forma, no Rio de Janeiro se arregimentaram em 1648, sob o comando de Salvador Correia de Sá e Benevides, as forças restauradoras, quando, sendo já de franca e declarada hostilidade as relações entre a Coroa Portuguesa