graças a um trabalho metódico de grande amplitude.
Dentro de alguns dias, aos 19 de novembro, poderá celebrar-se pela nona vez o aniversário das conferências que pronunciaram perante esta sociedade os então assistentes deste Museu, Dr. Ankermann e Dr. Graebner, sobre "Círculos Culturais e Estratos Culturais", na África e na Oceania, cuja importância extraordinária para as questões que nos interessam já tive a oportunidade de assinalar em outro trabalho.(1) Nota do Autor É evidente que, em contraste direto com a gênese da teoria das ideias elementares de Bastian, a estrutura dessas teses - bem assim como a dos trabalhos de Ratzel no mesmo sentido - muito pouco tinha a ver com a cultura propriamente espiritual; excluídos certos aspectos da vida social, elas acentuavam unicamente os objetos da cultura material. Mas esse fato ocorreu de tal maneira, e sobretudo em tal extensão, que direi sem hesitar, só se tornou possível em face dos tesouros deste Museu fundado por Bastian e continuamente aumentado pelos seus resolutos sucessores. Houve quem, com certa ironia, intitulasse essa Etnologia, que então se formou, de "Etnologia de Museu". É óbvio que ela encerra certos perigos e que exige um controle e uma ampliação constante, proporcionados pelas investigações feitas onde quer que seja possível a coleta de materiais e informes úteis aos estudos em que se empenha. No entanto, não se