de nossos males. Essa história de honradas no desempenho de cargos públicos, é piada de mau gosto. Difícil encontrar administrador honesto. Dizem que São Paulo está em maré alta de moralidade administrativa, governado por varão de Plutarco. Então analise-se. Recentemente, voltou da Europa um secretário de finanças da Pauliceia, o qual fora representar-nos na inauguração de uma feira. Depois, foi o próprio secretário das finanças do Estado, dizem que a convidar o governo italiano para as festas comemorativas do quarto centenário da cidade, como se já fosse o momento dos convites, como se estes não devessem ser submetidos à disciplina da comissão promotora das comemorações e como se o governo estadual não devesse deixar isso para o Itamarati. Ao mesmo tempo que esse secretário, seguiu outro, dizem que para estudar na Europa os problemas de sua pasta, como se, ao ser escolhida, a pessoa já não devesse ter estudado por conta própria; como se nossos problemas, afeiçoados pelas condições ambientes, não tivessem de ser estudados aqui mesmo. De qualquer modo, se esse secretário tinha de ir à Europa e se se tinha de fazer um convite ao governo italiano - por que não aos demais? - escusava mandar outro para isso: um poderia muito bem matar todas as lebres. A verdade, entretanto, é que a secretários de Estado se concedeu passeios à custa do cofre público, do imposto pago por todo mundo; do óbolo da viúva. Isso não é honesto e essa falta de autoridade moral é a melhor brecha, por onde se infiltram as forças dissolventes.
Como haveriam de superar as anteriores as gerações aleitadas na mamadeira ilusionista do conde? Como haveríamos de querer cidadãos mais valiosos do que esses, que ora nos infelicitam? Embora impossível estranhar que ainda hoje, na segunda metade do século vinte,