preparada, se devermos ao possível inimigo, ou aos interessados em conturbações sul-americanas, o dinheiro com que nos aparelharmos.
Quanto ao Exército, para ver como são excessivas as verbas a ele consignadas, bastam algumas ponderações. Considerando-se a miséria do meio, a inópia do íncola, sustentador da agricultura, que, por sua vez, sustenta a despesa da tropa, há de convir-se em que o pessoal do Exército ganha de mais. Todo pai de família arguto e amigo do filho quererá fazê-lo mourejar no campo, sem conforto nem recompensa, se é possível tornar-se um capitalista com vencimentos de militares? Um pai esforçado paga pesadamente os estudos do filho, durante anos e anos, até que se forme. Depois, tem de auxiliá-lo até tomar vau nas profissões liberais, ou arranjar-lhe emprego medíocre. Para que? No Exército, o menino começa a ganhar ainda quando nos bancos. Terminados os estudos, está tenente, com bom ordenado. E com a carreira garantida, com vencimentos dificilmente conseguíveis na vida civil, a cujos cargos pode competir também, e geralmente compete. Quanto ganha um jeca no campo, lutando de sol a sol, sem conforto algum? Quanto ganha o mesmo jeca, feito soldado, calçadinho, fardadinho, dormindo em casa coberta de telha e assoalhada? Feito soldado, ganha muito mais; luta muito menos. Então, para que ficar no campo?
Outra consideração: o imenso número de oficiais ocupados em atividades civis, extramilitares, mostra que a verba "pessoal" do Ministério da Guerra pode ser muito podada. Além das forças federais, o contribuinte brasileiro deve custear milícias estaduais, também previlegiadas, com reduzidas funções, pois a manutenção da ordem e a vigilância são feitas pela polícia civil.
Que poderá fazer o Ministério da Agricultura, com mais ou menos 3% do orçamento da receita? Tanto