MUXARABIS & BALCÕES (1) Nota do Autor
A influência dos árabes e das demais culturas islamizadas da África setentrional (a dos berberes, por exemplo) sobre os povos da Península Ibérica é um fato que ninguém na atualidade desconhece. Um sociólogo francês acha, todavia, que essa influência foi nula quanto à formação religiosa e, quanto às artes e à língua, pouco acentuada, exercendo-se melhor no domínio das ciências, das letras e da moral; na difusão dos conhecimentos científicos oriundos da civilização greco-romana, aí, sim, é que o papel dos árabes teria sido mais intenso que o das cruzadas. (2) Nota do Autor
Parece mais certo, entretanto, não ter havido um só campo da atividade cultural em que os árabes não deixassem marcas bem profundas de sua passagem. Relativamente à arquitetura, assunto que me interessa mais de perto no presente ensaio, a ascendência foi mesmo incontestável. (3) Nota do Autor Alexandre Herculano afirma que nos primeiros tempos da monarquia lusitana eram os arquitetos e alvanéis mouros que se encarregavam da construção dos templos religiosos. (4) Nota do Autor Até em certas igrejas da França encontram-se vestígios da influência islamita (na de Le Puy-en-Velay, na de Maguelonne, na de Candé, na de Gamaches). Dulaure informa que, na edificação da Notre-Dame de Paris, foram empregados operários