Caatingas e chapadões

os capítulos do livro a que me referi, naturalmente sempre a sua pessoa é lembrada. Segundo, por causa do surto, do jorro sem conta de petróleo nos domínios da velha mulata do Nosso Senhor do Bonfim. Interessante! Como o destino ligou você à era do petróleo brasileiro! O primeiro poço a dar petróleo foi o de Lobato e agora o que está escandalizando a bugrada são os últimos dois poços: um calculado em três mil barris por dia, outro, em 1.800 no lugar chamado Candeias. Candeias é luz, luz é espírito, e você, meu caro Lobato, foi a inteligência que iluminou esse capítulo interessante da história econômica brasileira. Meus parabéns, meu grande amigo e grande brasileiro.

Iglésias.”

Pouco tempo depois, tive o prazer de receber amável carta do Lobato, cuja transcrição tenho a honra de fazer aqui.

“Buenos Aires, 7, 11, 946

Caro Iglésias:

Esteve cá a tua apresentada, d. R., com quem muito simpatizamos. Trouxe o prefácio do teu livro, que li e achei ótimo - e me encheu de saudades. Daqueles "meus" empacotadores de revistas, por v. citados, resta v. e o Caiubi. Todos os mais já embarcaram para o undiscovered country: o Neiva, o Maneco, o Mota, o Correia. Também está vivo o Malta, surdo naquele tempo e hoje a ouvir maravilhosamente por meio duma contraption elétrica. Tive saudades de tudo - e da minha saúde naquele tempo. Estou hoje um caco indecente, e já a pensar em sair daqui, porque o

Caatingas e chapadões - Página 19 - Thumb Visualização
Formato
Texto
Marcadores da Obra