Piauí. Quer-me parecer que babaçu é corruptela de baguaçu - bago grande. No interior de São Paulo, nos limites com Minas Gerais, na zona da E. F. Mogiana há umas palmeiras chamadas vulgarmente Baguaçu. Tratar-se-á da Scheelea Lauromulleriana B. R.? Tanto babaçu como baguaçu talvez sejam híbridos de português e tupi - bago + çú.
Veio a hora do almoço. A mesa, uma mesa grande, ocupava o compartimento da popa, que à noite se convertia em dormitório para os homens; as senhoras dormiam fechadas, do meio do navio para a proa. Ao primeiro toque de campainha todos tomavam lugar, ficando o comandante à cabeceira. Foi um avança medonho - os cerimoniosos ficavam em meio do almoço, principalmente quanto aos pratos melhores. Aproveitamos a lição. No jantar, o Negrais e eu, de comum acordo, nos servimos em primeiro lugar dos pratos mais apetitosos.
O dia estava correndo agradavelmente. Tudo era novidade - flora e fauna. Nas barrancas, enormes jacarés estavam dormindo ao sol. Serviam de alvo aos improvisados caçadores - todo mundo queria matar jacarés.
- Comandante! Quando chegaremos a Terezina?
- Não sei. Respondeu-me secamente.
Fiquei desapontado, sem poder ajuizar bem da resposta do comandante. Pois, como? Disse então, com meu botões - o homem é o comandante do navio e não sabe o dia da chegada?
Com certeza está mal humorado por qualquer coisa e não gostou que o importunasse com perguntas e cortou pela raiz - "não sei".
Algumas horas depois sentimos um esbarro. O "Gaiola” havia encalhado numa "coroa" de areia. Fomos todos para a proa para saber do que se tratava.