pelo modo distante e superior com que este o tratava. Em realidade, o que se pode conservar das críticas, é sua hipersensibilidade em tudo quanto tocava ao que, talvez exageradamente, supunha ser melindre nacional. Mas, do ponto de vista prático, fácil é imaginar quanto tal pendor haveria de agravar as discussões.
Também foi um erro, que complicou o debate e a redação dos atos diplomáticos, não ter Moutinho sido presente a esses, o que levou a vários erros e desentendimentos que provavelmente se teriam evitado com sua presença pessoal. O resumo que ele deixou, sob a forma de apontamentos, com serem obra de grande valia, ressumbram vaidade ferida e hostilidade não mascarada aos plenipotenciários.
Admira, e é só explicável pelo seu personalismo doentio, ter Varnhagen utilizado tanto tais desabafos para censurar a Carvalho e Mello. Aliás, a própria carreira ulterior de Luiz Moutinho em nada justifica o alto juízo que formava de si. Um sabedor de tradições, de fórmulas e de