O Marquês de Barbacena

de Brant e de S. Leopoldo. A 28 reuniu-se o Conselho de Estado. Sir Charles, diariamente, estava em contato com os proceres e o Imperador. Mas, em horas, o ambiente no Rio e na Assembleia Legislativa havia mudado por obra dos boatos e das intrigas decorrentes da desconfiança quanto ao Imperador, em face das insinuações de Chapuis e dos atos oficiais de Lisboa. E por esse jogo de paixões incendidas, o Imperador agiu em assunto português não como rei de Portugal, sim para satisfazer desconfianças brasileiras. Assim, ao invés de atender às prudentes precauções aconselhadas por Brant, Paranaguá, Santo Amaro e Sir Charles, preferiu a 27 de abril outorgar por si só uma carta constitucional ao Reino europeu. No dia imediato, a 28, nomeava os membros da Câmara dos Pares que a Carta havia criado.

Finalmente, a 2 de maio abdicava em sua filha D. Maria da Gloria. Não o fazia incondicionalmente: a rainha teria de desposar o tio, o infante D. Miguel, o qual aceitaria e juraria a Carta.