O ódio contra Artigas havia forçado as populações da margem direita do caudal a tolerar, frementes de indignação conculcada, as manobras conquistadoras portuguesas que o general Lecór dirigia, não tanto como militar, mas como político. Assim a odiosa comedia da ata de incorporação à coroa portuguesa pôde realizar-se em 1821 ante o protesto quase unânime de todos os habitantes das duas margens platinas, sem forças, entretanto, para lutarem contra o poderio das tropas de Lecór e a atividade do grupo mínimo de uruguaios separatistas.

O ambiente, entretanto, ia sofrendo transformações. A regência de D. Pedro, procurando justificar-se de sua rebeldia contra a metrópole que a amesquinhava, provava que já não era a mesma a força material em que se esteavam em Montevidéu os partidários do divórcio com Buenos Aires. Dentro em breve, a Independência brasileira repercutiu nas tropas de ocupação, e não tardou muito que os elementos portugueses, fiéis ao reino europeu,