O Marquês de Barbacena

era a tarefa que a Câmara se tinha imposto. O Imperador não a compreendia.

José Bonifacio, já de volta do desterro, havia perdoado a D. Pedro I e, desprendido de tudo, se limitava a dar-lhe conselhos patrióticos e desinteressados: substituísse, por brasileiros natos, seus conselheiros portugueses, afim de desanuviar a atmosfera política, como era mister. Assim pensava tambem o marquês, que era quem José Bonifacio aconselhava tomasse conta do governo, mas que relutava aceitar o posto.

O exílio fora escola para os Andradas. Para Barbacena, a lição da Grã-Bretanha exercera igual ensino. E todos viam que o governo parlamentar ainda não tinha sido instituído e que o país se adiava à mercê de tumultos e de paixões que destruiriam a unidade nacional e cujas consequências ninguém podia prever. Quinze dias recusou ser governo. Não pôde persistir entretanto. Dele dependia, de fato, salvar o Brasil unindo-se, como governo, à Câmara dos Deputados, como