O Marquês de Barbacena

britânicos. Mas, era certo que o Brasil podia contar com a simpatia de Canning, especialmente.

A posição lusitana apresentava obscuridades notáveis. Baseados nos antigos tratados, queriam forçar a mão a Londres, para que esta intimasse o Rio a voltar atrás e acatar as vontades do Governo bragantino. Das manifestações comunicadas pelo ministro na Inglaterra, o conde de Vila Real, coligia-se que a independência brasileira não poderia deixar de ser reconhecida, apesar da discrição e dos cuidados com que o Foreign Office se expressava para evitar ferir justos melindres, não tanto do Palácio de Bemposta como dos ministros de D. João VI, divididos entre as simpatias francesas e as tradicionais afinidades com a Grã-Bretanha. E um dos grandes obstáculos a vencer era chegar à fala, entre portugueses e brasileiros, não admitindo os primeiros que se tocasse no assunto que os segundos viviam a trazer à discussão.