O Marquês de Barbacena

um ancoradouro inglês, por onde tropas se poderiam facilmente insinuar na Península, auxiliando o povo espanhol contra seu rei. E uma questão gravíssima pesava sobre todas as potências: a sucessão portuguesa ao trono. D. João, velho e doente, tinha dois filhos: Pedro era adepto da política tradicional de seu país com a Inglaterra, enquanto o outro, Miguel, absolutista e favorável à Santa Aliança, era partidário aferrado de Metternich.

Que reações sairíam desse cadinho de explosões? Melhor seria agir de modo a ficarem neutros os portugueses, levando-os a aceitar a cisão colonial, se não houvesse meio de a conjurar.

Daí, quem sabe? Seria talvez um meio de combater o confuso grupo de repúblicas caóticas, opondo-lhes uma massa monárquica, e esta sob a direção de um genro de Francisco I.

Das comunicações de Antonio Telles, já chegado a Viena, parecia ressumar uma boa vontade tímida, não querendo aparecer, atrás da cortina, a evitar soluções