O Marquês de Barbacena

a escamotear, pelo qual os alicerces teóricos da Santa Aliança iam sendo abalados. Diplomata de ocasião, por dedicação pessoal a D. Pedro mais do que por convicção própria, era Antonio Telles figura à parte, destacada nessas personagens hieráticas e de tapeçaria que se acotovelavam na Corte austríaca, com seu franc-parler, e alheio às conveniências mais ou menos convencionais daquele meio artificial. Prestou serviços, como se viu mais tarde, e desde o início, mau grado os atritos e as divergências de pontos de vista, sua ação correspondeu aos motivos que tinham levado D. Pedro a escolhê-lo como representante pessoal junto ao sogro.

Restava Paris, desgostoso, sucumbido e inerte. Sob o gabinete de Villêle, girava ao aceno da Rússia; sem coragem para ter individualidade própria, a grande vencida da coalisão multiplicava esforços para se convencer e demonstrar à Europa que estava ressuscitando. O Tzar exagerava a atitude de protetor, e não admitia