instigando o povo, de maneira mais direta, a colaborar nos negócios públicos.
Costuma-se deprimir o parlamentarismo atribuindo-lhe ineficácia, senão mesmo nocividade, na vida administrativa do país, mas, ninguém ousará desconhecer que, a despeito de seus inconvenientes, nenhum outro regime, como ele, desperta no povo o interesse por aqueles negócios e o induz a acompanhar os problemas nacionais com civismo mais acentuado e energia mais expressiva.
No reinado daquele soberano floresceram oradores cuja influência no cenário político constitui objeto de atento exame dos historiadores: Lord Chatham e seu filho W. Pitt, mais integrado na documentação, embora menos eloquente do que o primeiro; Fox, o rival constante de Pitt; Sheridan; Erskine; North; Mansfield; Camden; Grant; Wilberforce e Grenvile constituem o centro da idade clássica da oratória parlamentar britânica.
A essa plêiade brilhante seguiram outros, muitas outros, como Grattam, Canning, reputado o mais eficiente debater durante cerca de vinte anos, Grey, Eldon, Shell, Lyndhurst, Brougham, Disraeli e Gladstone, alguns dos quais contemporâneos de Vitoria I, cujo reinado engrandeceram com o poder da palavra inspirada no sentido do progresso do país, em suas múltiplas manifestações.
É interessante notar a sensível influência que a mentalidade política britânica exerceu nos homens públicos do Brasil durante o primeiro e o segundo reinado.
Quase todos os estadistas e literatos nacionais ao tempo de Pedro I, cultivaram a literatura inglesa: Antonio Carlos, ainda em Portugal, traduziu alguns opúsculos