José Bonifácio, o Moço

oriundos dessa literatura, e para a mesma ordem de lucubração espiritual foram arrastados Silva Lisbôa, Hipolito da Costa, Fernandes Pinheiro, Conceição Veloso e outros(3) Nota do Autor.

Essa influência continuou a manifestar-se nos estadistas do segundo reinado, e se muitos destes volveram a atenção para os grandes políticos franceses, notadamente Thiers e Guisot, nem por isso perderam o pendor, por ventura mesmo mais preponderante, pelo estudo da política inglesa(4) Nota do Autor, no bem compreensível afã de aplicar no país as usanças do parlamentarismo britânico, por certo mais inspiradoras de confiança do que as do governo parlamentar francês.

Não quer isso dizer que em França minguassem oradores parlamentares. Ela os teve, e do melhor quilate, notadamente a partir do restabelecimento da monarquia de julho de 1830.

Então, a eloquência parlamentar perde o estilo retumbante das apóstrofes greco-romanas, constantemente impelidas pelos lábios dos Mirabeau, dos Barnave, dos Vergniaud, dos Robespierre, dos Danton, e de outros incandescentes arquitetos da revolução francesa e adquire caráter mais compatível com um regime de relativa serenidade.

Serenidade infelizmente de pouca duração, pois entre os próprios amigos da realeza, quais Thiers e Guisot, começam a surgir dissensões que não raro constituem a manifestação sintomática de estéreis recursos políticos.

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