cachoeira do Maribondo, impedindo a passagem até duma canoa. O rio Paranaíba, que traça o limite Sul do Estado de Goiás, começa a aprofundar-se em Santa Rita, quando a cachoeira dos Dourados e a velocidade das águas do canal de São Simão estorvam a navegação fluvial. Seus travessões facilitam a pesca de cardumes, na desova dos dourados e jaús, mas inutilizam o rio como caminho do sertão. O Paranapanema e o Iguaçu também espadanam as suas águas em corredeiras e frustram a navegação. Todos estes rios partem de leste, da vizinhança do mar e são coletados pelo Paraná, que, próximo a Itapura (Estrada de Ferro Noroeste), em fevereiro, dá ao viajante de avião a impressão de uma grande via fluvial coleando entre a mataria verde, e em junho a gente o atravessa com água pela cintura. A sua cachoeira de Iguaçu delicia a vista dos turistas, mas destrói-lhe a condição de aquavia natural, que coordenaria as comunicações do Norte com o Sul pelo Centro do Brasil. Entretanto, esse mesmo rio proporciona dois mil quilômetros de navegabilidade ininterrupta em território argentino e contribui para que o Paraguai se torne a grande via de comunicação dos países que utilizam o estuário do Prata como meio de penetração.
No Sul, só o Itajaí é aproveitado regularmente como via de comunicação com o mar; permite às chatas serem rebocadas até pouco mais de cem quilômetros da foz. O seu emprego como meio de transporte influiu extraordinariamente no estabelecimento da colônia alemã, que fez do seu vale uma das áreas mais progressistas do interior.