a Bahia, com a qual começa a organização das "capitanias da coroa", depois em grande número. Aí principia a segunda fase do colonato, que se estende até ao reinado de d. José, ou melhor, do marquês de Pombal, que foi quando, após a fixação jurídica das fronteiras do Brasil, quase iguais às de hoje - levada a efeito pelo tratado de Madri de 1750 -, não só as donatarias particulares se reintegraram totalmente na coroa portuguesa, como também em seguida se unificaram os dois distintos governos da colônia (Estado do Brasil e Estado do Maranhão, este criado em 1621), possibilitando-nos assim, em vez de vários reinícolos desunidos e fracos, o imperio uno, a pátria grande e preparada a melhores destinos, que os nossos antepassados, ao influxo dos antecedentes históricos, nos herdaram em 1822.
Se é certo que, da enorme porção do mundo que "as armas e os barões assinalados" conquistaram, dilatando "a fé e o império", tudo perderam mais tarde, não lhes restando no oriente mais que alguns palmos de terra onde chantar o glorioso estandarte das Quinas(5) Nota do Autor, - o Brasil, não obstante os erros graves da política de sua metropole, há de servir, pelos séculos em fora, para atestar a energia prístina dos lusos, sobrepujada logo pela dos seus descendentes, filhos destas ridentíssimas plagas do Novo Mundo, que devassaram o coração e os confins do colosso sul-americano, e o ergueram, depois, à face do orbe, como o florão mais belo e imperecível da audácia antiga dos maiores pioneiros da sede imensa, e por tanto tempo desconhecida, do planeta humano.
Para que bem se compreenda e metodize o assunto complexo da nossa tese, vamos desenvolvê-lo em seis capítulos: - no primeiro, estudaremos o "ciclo das entradas", isto é, o ciclo oficial da expansão geográfica operada quase toda dentro da linha de Tordesilhas, nas tentativas de descobrimento