Expansão geográfica do Brasil colonial

e, entre elas, a que estuda a curiosa individualidade de Porto Alegre. Mas de todos as seus trabalhos o que revela maior amplitude de vistas é a Expansão geográfica do Brasil até fins do século XVII: não é já uma contribuição, mas um livro de história, e exatamente daquele aspecto que é o mais profundo e o mais importante da formação do Brasil. Não é demais repetir que pouco bem e talvez muito maior mal se deve às chamadas grandes personalidades da nossa história antiga: o Brasil é quase um produto de autoformação, levada a cabo pelos seus pioneiros e bandeirantes. A administração era apenas uma polícia marítima e uma estação fiscal, como ainda hoje invariavelmente sempre medíocres, excepto na arte da imoralidade política. Deverá um dia o nosso autor (se tiver a feliz inspiração) completar aquele ensaio, de si mesmo único na espécie, como obra de conjunto, dando-lhe o desenvolvimento que requerem os grandiosos feitos que ilustram o povoamento e o conhecimento das nossas terras. Acredito esse serviço muito mais precioso que o de biografias e de contribuições falsamente moleculares. O que realmente está organizado no Brasil é uma associação do emprego publico. A expansão geográfica, havendo atingido aos seus últimos confins, oferece-nos agora os problemas concêntricos: - povoar, civilizar, valorizar todas as virtualidades da terra. É quase ainda o mesmo problema dos bandeirantes, e não girou, nem se voltou ainda, a página começada no século XVII. Possam os nossos estadistas entendê-lo. A Expansão geográfica é a planta do edifício a ser erguido pelo pesquisador, que tem todos os elementos para o compor com os melhores materiais de construção."(**) Nota do Autor

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