Vice-Reinado de D. Luís D’Almeida Portugal, 2º Marquês do Lavradio 3º Vice-Rei do Brasil

Em 1761 era nomeado coronel comandante do regimento de Cascaes, disciplinando-o e melhorando-o de tal forma que El-Rei D. José decretava que na bandeira do regimento se escrevesse a palavra "exemplo".

O antagonismo existente entre a Inglaterra e a França levava esta última, em 1761, ao conhecido "pacto de família", e Portugal viu-se envolvido no conflito.

O exército português estava desorganizado e El-Rei D. José convidou o Conde reinante de Lippe para o vir organizar e comandar: durante a guerra o Marquês do Lavradio foi, por proposta do mesmo de Lippe, promovido ao posto de brigadeiro de infantaria, fazendo toda a guerra com distinção e merecendo elogios do marechal.

El-Rei D. José, desejando dar a seu neto o Príncipe D José uma educação conveniente, lembrou-se do Marquês do Lavradio para presidir a essa educação com o título de aio. Tendo, porém, comunicado a ideia a Sebastião José de Carvalho, Conde de Oeyras, futuro Marquês de Pombal, este, talvez por ciúme e desejoso de afastar de Portugal o Marquês, declarou a El-Rei que a escolha era muito boa, mas que era obrigado a representar a S. M. que "achando-se a Capitania da Bahia em grande desordem, não achava ninguem tão capaz para remediar esse mal como o Marquês do Lavradio, e que era sua tenção propol-o a S. M. para ir governar aquella capitania".

Com estas e outras razões, dissuadiu El-Rei da nomeação de aio e em 26 de agosto de 1767 era o Marquês do Lavradio nomeado Governador e capitão general da Bahia, com amplíssimos poderes.

A nomeação de Lavradio não era, pois, consequência de favoritismo, nem resultado de uma ambição, e se obedecia em grande parte ao desejo que o Conde de Oeyras tinha de afastar da corte um homem que

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