à Fazenda Real, em seguida nomeou para os regimentos de infantaria oficiais que trouxera de Lisboa, redigiu novas instruções e encarregou-os de introduzirem naqueles corpos a organização, administração e disciplina que o Conde de Lippe havia adotado para o exército de Portugal indo ele mesmo exercitar as tropas, de forma que em pouco tempo os regimentos estavam disciplinados e podia escrever a Mendonça Furtado: "os dois regimentos de infantaria que tem esta guarnição, acham-se já disciplinados e instruidos segundo o que determina o novo regulamento; não digo a V. Exª. que estam em toda a perfeição, porem é certo que já não tenho vergonha de os apresentar aos Professores da nossa arte. O de artilharia tem-se exercitado quanto eu posso, porem este, sem que V. Exª. de lá defira as minhas suplicas não poderá chegar ao adiantamento que necessita"(1) Nota do Autor.
O Arsenal de Marinha estava desprovido de tudo e muito mal administrado, e isto reconheceu o Marquês desde a primeira inspeção que fez àquele estabelecimento e tal era o seu zelo e atividade que não havendo ainda três meses que havia tomado posse do Governo já a reforma do arsenal se achava grandemente adiantada.
Em 21 de julho de 1768 dirigia ao secretário de Estado uma muito bem fundada representação contra a venda dos ofícios tanto de Justiça como de Fazenda, mostrando com exemplos as péssimas consequências deste abuso, e pedindo que se a venda não fosse proibida ao menos se estabelecessem condições para os compradores e serventuários daqueles ofícios.
Naquela mesma ocasião participava que, tendo-se provado que alguns dos empregados na secretaria do governo haviam prevaricado, ele não havia hesitado em