Vice-Reinado de D. Luís D’Almeida Portugal, 2º Marquês do Lavradio 3º Vice-Rei do Brasil

ao pronto despacho com que devem deferir as partes, eu principio a satisfazer-me do modo com que os vejo satisfazer as suas obrigações".

A guarnição da Bahia compunha-se de dois regimentos de infantaria e um de artilharia, que além de diminutos estavam sem disciplina, sem ordem e sem quartéis, mal comandados e cheios de oficiais que além de velhos não tinham espírito militar, e que os governadores não haviam querido reformar para não aumentar a despesa, esquecendo que a Fazenda Real tinha maior prejuízo em estar pagando por inteiro a quem não podia servir; os soldados percebiam excelentemente o que se lhes dizia, e buscando-lhe jeito e dando-lhes as providências necessárias poder-se-ia fazer uma boa tropa(1) Nota do Autor. Os regimentos de infantaria eram comandados um pelo Coronel Gonçalo Xavier, homem cheio de moléstias e que ultimamente tivera um ataque apopléctico, o Tenente Coronel era um Catalão D. José Morales com 82 anos de idade e que se achava entrevado: do outro regimento era Coronel Manuel Xavier Alle de 66 anos, homem que servira sempre com grande limpeza de mãos, mas sem nenhuma inteligência, sinceramente ignorante da sua profissão, sem jeito para o lugar que desempenhava; o tenente Coronel era João Pinto de Velasco que não estava em condições de poder ser promovido ao posto de Coronel. O regimento de artilharia era comandado por um muito bom e instruído oficial de infantaria, mas que nada sabia de artilharia: os oficiais debaixo da sua ordem eram igualmente ignorantes dessa arma.

As armas de todos estes regimentos estavam incapazes.

O primeiro cuidado do novo Governador foi arranjar quartéis, para o que se aproveitou de edifícios pertencentes

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