e honrar, dando-lhes no seu próprio palácio a consideração que eles devem ter, tirou deles grande proveito para o serviço de estado fazendo-os interessar nas arrematações das Rendas Reais, de onde eram afastados pelos vexames que sofriam, e desta proteção resultou crescerem consideravelmente em tão pouco tempo os rendimentos de Estado e ficar naquela Capitania o gérmen da prosperidade de que depois veio a gozar.
Às artes desejava dar o mesmo impulso que havia dado ao comércio e à agricultura: era, porém impedido pela política que o Governo queria seguir a respeito das Colônias; conseguiu, contudo estabelecer uma fábrica de lonas e fazer aperfeiçoar alguns ofícios.
Protegeu os empregados públicos que cumpriam bem os seus deveres, corrigiu aqueles que conheceu serem capazes de emenda, mas era inexorável com os prevaricadores.
Conhecendo El-Rei D. José primeiro o modo por que o Marquês do Lavradio estava governando a Capitania da Bahia e tendo reconhecido que o Vice-Rei do Brasil Conde de Azambuja homem sumamente honrado e virtuoso, mas frouxo por causa das suas enfermidades, não podia continuar a ocupar aquele sempre importante lugar, mas que agora se tornava ainda mais importante pelo justo receio da guerra e que dela resultasse um ataque ao Rio de Janeiro e às províncias limítrofes das possessões espanholas, resolveu S. M. nomear o Marquês do Lavradio vice-rei do Brasil para ir suceder ao Conde de Azambuja. A carta Régia de 8 de abril de 1768 participa ao Marquês aquela nomeação com ordem de partir para o Rio de Janeiro apenas chegasse à Bahia o conde de Povolide, nomeado governador desta capitania e que então se achava governando a de Pernambuco.