Vice-Reinado de D. Luís D’Almeida Portugal, 2º Marquês do Lavradio 3º Vice-Rei do Brasil

de uma ordem inferior, de sorte que a justiça que até à sua chegada era muito mal administrada e mesmo vexatória se tornou regular e tal como deve ser.

A força armada, que, como vimos, estava sem disciplina e a sua administração ruinosa, deixou-a disciplinada, os regimentos com quartéis, estabeleceu-lhes regras para a sua economia e boa administração e forneceu de armamentos os depósitos onde nada tinha encontrado.

Tratou também de fortificar convenientemente a cidade, mas por falta de engenheiros capazes, por falta de meios e de tempo não pôde concluir as fortificações tal como havia concebido.

O Arsenal de Marinha estava tão desprovido como o do exército, e a sua administração sumamente ruinosa por falta de fiscalização; deixou-o provido do necessário e estabeleceu nele uma administração e fiscalização de que resultaram grandes proveitos para o serviço público, tornando-se proveitosa a despesa que até ali era perdida.

Reformou a alfândega fazendo-lhe crescer as rendas pela destruição dos abusos e má fiscalização que nela encontrou. Enfim não houve ramo de serviço público que ele não reformasse e onde não introduzisse a ordem e severa fiscalização.

A agricultura, comércio e artes estavam no maior atraso possível: ocupou-se desde logo de aumentar a cultura das plantas úteis já conhecidas e de introduzir outras novas. Conheceu que o algodão havia de ser um dia um dos mais importantes ramos da produção do Brasil, ocupou-se muito seriamente dos pastos e criações dos gados e protegeu constantemente tudo quanto podia concorrer para o desenvolvimento da agricultura.

O comércio era mal feito, os negociantes mal tratados e desprezados e Lavradio tratou logo de os proteger

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