tinham dirigido, estavam tão cheias de defeitos essenciais que se tornava dificultosíssima a sua defesa ou resistência por mais de três ou quatro dias.
Nenhuma tinha armazéns nem para sobresselentes de boca nem para sobresselentes do preciso para sua defesa, e nenhuma tinha uma cisterna, do mesmo modo faltavam quartéis para se recolher a tropa.
A primeira defesa da barra pertencia às três fortalezas: São João, Lage e Santa Cruz. Lage e Santa Cruz serviam para defender a entrada das embarcações maiores, sendo a principal pela sua situação a fortaleza da Lage, mas pela sua construção era a menos defensável.
Quase toda a artilharia era de ferro e mais para aparência do que para servir; os reparos quase todos podres, de forma que a imensidade de peças estavam no chão, em uma palavra, só vendo-se o estado em que tudo se achava é que se podia acreditar no descuido e desordem a que haviam deixado chegar um porto tão considerável.
Os armazéns estavam sumamente desprovidos afirmando-lhe o Vice-Rei e o General, que tinham mandado para a Corte várias relações em que se pedia o que se precisava, mas nada tinha ainda chegado.
Vendo a dificuldade que havia das respostas e das remessas do que se pedia, e era de maior necessidade, resolveu o nosso Vice-Rei estabelecer duas fábricas de ferraria e de serralharia, e igualmente outra de carpintaria, e começou a fazer trabalhar com o maior rigor e cuidado para por algum modo poder suprir as grandes precisões que de tudo havia. Deste modo conseguiu reparar pouco a pouco o parque, as fortalezas e a casa das armas. Pela parte de terra não tinha a cidade nenhuma defesa e como em alguns sítios era fácil fazer um desembarque "não sendo esta a primeira vez