Vice-Reinado de D. Luís D’Almeida Portugal, 2º Marquês do Lavradio 3º Vice-Rei do Brasil

tanto de infantaria como de artilharia(1) Nota do Autor, em miserável estado, e tendo-lhe certificado que não havia meios de o remediar foi ele mesmo examinar o estado dos arsenais onde achou tudo quanto era necessário para o concerto do armamento, fazendo tudo isto com uma notável economia para a Fazenda em consequência não só das pessoas que empregava, que eram sempre as mais inteligentes e honradas, mas da sua continua vigilância.

Deu uma nova organização às milícias que haviam sido mandadas criar no Vice-Reinado do Conde da Cunha, nomeando-lhes um inspetor tirado dos Oficiais da tropa de linha.

Mandou concertar a muralha que defendia o trem e armazéns contíguos, edificando-a de tal modo(2) Nota do Autor, que pudesse servir também para a defesa do porto, e fazendo-a não de cantaria mas de um betume então novamente descoberto, composto de cal, areia e borras de azeite de peixe, preferível a cantaria, e de um custo de menos de um quarto.

Grande era a confusão em que se achavam os negócios de administração da Fazenda Real, porém o Marquês com a sua atividade e inteligência e reconhecendo, como ele diz em Ofício para o Secretário de Estado, que sem ordem na Fazenda nada se pode fazer, tratou de estabelecer a contabilidade que havia sido ordenada para o erário de Lisboa, reformou as despesas abusivas etc., de sorte que tendo chegado ao Rio de Janeiro no mês de novembro de 1769, em fevereiro de 1770 não só tinha estabelecido o novo sistema, mas tinha conseguido aprontar os balanços de dois anos(3) Nota do Autor o que originava o ofício em que o Conde d'Oeyras escrevia: "todas as providencias de que V. Exª. dá conta na sua carta de 20 de fevereiro

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