os conselhos do eminente botânico, foram retificadas muitas identificações e eliminadas as que pareciam por demais duvidosas, limitando-se ao mínimo a citação de sinônimos científicos, com a supressão dos que, há muito, já estavam abandonados.
Se foram incluídas algumas plantas cuja presença na Amazônia brasileira ainda não se acha comprovada, ou cuja verdadeira distribuição geográfica está todavia mal determinada, foi por terem sido frequentemente citadas como existentes na dita região.
Do mesmo modo, reproduzi algumas informações um tanto duvidosas, mas que merecem ser verificadas, tratando de plantas cujas propriedades medicinais são assinaladas pelo povo, embora às vezes por mera confusão com outras ou por abusão infantil, porque em muitos casos também, as crenças populares poderão indicar o caminho para futuras pesquisas científicas.
Meu desejo é que, auxiliados por estas notas, possam mais rapidamente se familiarizar com a Grande Floresta, tanto os que a percorrem em reconhecimentos geográficos, como os que têm em vista a exploração dos inúmeros produtos que ela oferece ao comércio, à indústria, à medicina e à alimentação.
Naturalmente, um trabalho deste gênero não podia sair logo completo nem expurgado de qualquer engano; peço a colaboração dos meus leitores para que enxertem nas linhas deste primeiro esboço as emendas e os acréscimos que, reunidos, permitirão, mais tarde, organizar uma obra mais perfeita.
As gravuras que ilustram este livro e representam alguns vegetais típicos da Amazônia são reproduções de fotografias tiradas, a meu pedido, nos arredores da cidade de Belém, pelo Sr. Louis H. Cordelier, a quem apresento meus sinceros agradecimentos.
Belém, 1º de julho de 1932.
Paul Le Cointe.