Amazônia brasileira III. Árvores e plantas úteis (indígenas e aclimatadas)

SIN. — Uaupé-jaçaná — Abati-uaupé — Iapuná-Caá (de: iapuna, forno e caá, folha) — Forno-d'água — Mururu.

CAR. — Planta anual; quando seca o lago, as sementes conservam-se no lodo; cresce com a enchente, o pecíolo, recoberto de acúleos moles, alongando-se conforme o nível das águas.

Alim. — As sementes dão uma fécula comestível; comem-se assadas. A batata é apreciada pelos indígenas.

Orn. — Flores enormes (até 30cm de diâm.) que só desabrocham de noite; brancas, com o centro rosado. Folhas flutuantes, de 1m a 1,80m de diâm., em forma de pratos ou tabuleiros, de bordas levantadas, semelhantes à fornos de torrar farinha.

UAPÉNymphaea rudgeana G.F.W. Meyer. (Ninfeáceas) e Nymphaea amazonum M. e Zucc. (Ninfeáceas).

Plantas aquáticas.

SIN. — Apé (Marajó) — Mururé - Mureru — Aguapé-da-meia-noite.

HAB. — Comunas nas águas paradas.

CAR. — Flores: N. rudgeana — Vermelhas. — N. amazonum — Branco-esverdeadas.

Ind. — As flores do N. amazonum desabrocham somente de noite e são muito aromáticas; podem dar óleo essencial para a perfumaria.

Med. pop. — Folhas emolientes contra úlceras.

UAPÉ-DE-CACHOEIRAMourera fluviatilis Aubl. (Podostemáceas).

Planta das pedras imersas das cachoeiras.

SIN. — Mourerou (G. fr.) — Caruru-das-cachoeiras (R. Negro).

Alim. — A cinza é rica em sal comum misturado com clorureto de potássio; substitui o sal como condimento.

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