História geral da agricultura brasileira v.2

Resumo:

Aplicando-se às amostras estudadas a fórmula de classificação do Instituto Agronômico, que é a seguinte:

X = Resistência em gras. X10 = comp. em m/m + maturação/10

temos:

148 = 110,4 + 28,3 + 9,3

111,1 = 66,6 + 35,5 + 9,0

107,3 = 71 + 27,3 + 9,0

Neste terreno, porém, temos avançado muito. De Berthet aos dias de hoje, o Instituto Agronômico de Campinas tem realizado milagres científicos a respeito do algodão. Cruz Martins, chefe desse serviço, criou a variedade Piratininga, nova riqueza paulista. Como pondera S. C. Harland, conselheiro geral do Instituto, o problema apresentado ao lavrador consistia em "obter com a maior rapidez possível uma variedade que produzisse muito para substituir as variedades inferiores que se encontravam em estado de grande mistura, as únicas que forneciam o material a ser plantado. Baseado no trabalho do Dr. Cruz Martins, do Instituto Agronômico, em Campinas, ficou resolvido eliminar todas as outras variedades que não fossem Texas e Express, espalhando-se formas melhoradas dessas duas variedades em toda a extensão do Estado de São Paulo. Como essas variedades possuíssem uma fibra regulando de 28 a 30 mm de comprimento, representavam, tanto para o agricultor como para o industrial, um grande progresso, sobre as variedades antigas. É a este trabalho que se deve o bom nome que goza atualmente o algodão paulista".

William Wilson Coelho de Sousa, há pouco citado, é o antigo diretor da primeira estação experimental de algodão no Brasil, a de Coroatá, no Maranhão. Dá ele os nomes vulgares de algumas variedades. O Gossypium arboreum L é simplesmente o arbóreo ou brasileiro, "árvore de alto porte, que pode atingir até 6 m, de longa duração, aumentando sua produção depois do primeiro ano de colheita". É o algodão do Nordeste litorâneo. O Gossypium religiosum, ou peruvianum, ou acuminatum, é o inteiro, ou algodão das feiras, mais do interior do que do litoral. O Gossypium barbadense L é o seridó ou mocó, o mais famoso dos algodões nativos brasileiros, comum na Paraíba, no Rio Grande do Norte e no Ceará. Coelho de Sousa observa, a respeito dessa variedade: "Debaixo desta classificação, reconheço a existência de uma profusão de híbridos naturais, tanto que tive ocasião de verificar interessantes dissociações,

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