INTRODUÇÃO
Quem percorre com os olhos o mapa de Minas Gerais, ao deter-se na chamada Zona da Mata, encontra o Município de Senador Firmino. Firmino Rodrigues Silva, ou abreviadamente, Firmino Roiz Silva, poeta, magistrado, político, foi dos maiores jornalistas do Império.
Violenta durante a Regência, imoderada na campanha da maioridade, sempre polêmica daí por diante, a imprensa do tempo de Firmino teve como expoentes Justiniano José da Rocha, Francisco de Sales Tôrres Homem, José Maria da Silva Paranhos, Francisco Otaviano de Almeida Rosa. Firmino em nada lhes ficava a dever. Machado de Assis o apontava entre os maiores jornalistas da época.
Jornalista conservador desde a juventude, privou com os homens do partido que por tão largos anos, em períodos alternados, governou o Império. Seu arquivo é opulento. Guardados por tantos anos, são agora publicados neste livro, que procura fixar-lhe o perfil e mostrar a vida da imprensa vibrátil daquela época de ardências partidárias, documentos na maioria velhos de mais de um século, reveladores da maneira de se fazerem ministros, deitá-los abaixo, elegerem-se deputados, dos conchavos do Governo, das artimanhas da oposição, tudo contado no abandono das confidências de amigos em cartas escritas sem reservas.
Lendo-as, é como se mergulhássemos no passado tão distante, e penetrássemos em um daqueles sóbrios salões