do Império, onde os homens se moviam à luz amortecida dos candelabros, e, escondidos por detrás de um reposteiro, ouvíssemos vozes antigas sussurrando:
JUSTINIANO JOSÉ DA ROCHA: "Entrar já em luta com as nulidades palacianas? E dessa luta quem colherá as vantagens? As nulidades parlamentares e seus afilhados? Entre nulidades e nulidades não tenho preferência."
EUSÉBIO DE QUEIRÓS: "Entretanto, é agora que começam as maiores dificuldades. Castigar os criminosos sem excesso, mas também sem considerações humanas é tão difícil no país dos empenhos!"
GABRIEL MENDES DOS SANTOS: "A princípio todos eram cabeças, agora, nem mesmo o Ottoni o será? Faltava esta lição para acabar de convencer-se a população que o melhor cálculo entre nós é ser criminoso!"
DOMINGOS DE ANDRADE FIGUEIRA: "Não compreendendo a política geográfica que tanto combatem os da oposição e por isso deliberei-me a apear os liberais de Barbacena... Repugna-me profundamente deixar posições oficiais, que são armas, em poder de adversários para voltá-las contra mim. É um gênero de inépcia a que não posso condenar-me."
VISCONDE DO URUGUAI: "A oposição disputou aqui a eleição com grande fúria, e com grandes meios. Batemo-la completamente porque estamos no Governo. Se ela estivesse no Governo, teria vencido completamente. Assim está o país, e assim é o sistema. Ando muito enjoado do tal sistema o que aborreço é uma cloaca a que chamarei parlamentarismo, excelente coisa para os ambiciosos, turbulentos, faladores, audazes, sem-vergonhas, trapalhões, etc., etc."