lhe são dirigidos, suas armas são as mesmas que tem usado a oposição".(6) Nota do Autor
Em tópico sobre eleições, escrito há mais de século, sem perder, contudo, a atualidade, melhor revela o Cronista a linha de imparcialidade e o propósito de moralização dos hábitos políticos que o animam: " É a época das eleições a que mais baixezas, adulações - perfídias, traições - ódios, inimizades faz nascer no meio de um povo. E depois, no fim de contas que se segue? Louvado seja Deus! o merecimento, os serviços prestados ficam aí, para um canto - o charlatanismo, e a impostura, escudados pela intriga sobe à tribuna do legislador - e ei-lo reformando, reformando e reformando." A lambada no Governo vinha a seguir: "E o Governo que faz? também cabala, também corteja e adula o povo; também enreda e intriga, e como a sua sustentação é o único objeto que lhe interessa, quer a Câmara seja composta de gente que lhe deva empregos ou fortuna, e vai por seu lado fazendo o que pode."(7) Nota do Autor
Acesa ia a luta entre Vasconcelos e o regente Feijó.
Autoritário e obstinado, o padre de Itu queria governar sem dar atenção à maioria da Câmara. Frio, com agudíssimo senso da realidade, maleável, Vasconcelos, "o Mirabeau brasileiro", no dizer de Armitage,(8) Nota do Autor batia-se pela instituição de um governo que, como o padrão inglês, fosse a expressão da maioria parlamentar. Irritado com os ataques, Feijó, na fala de encerramento dos trabalhos, a 31 de outubro de 1836, foi brutal: "Seis meses de sessão não bastaram para descobrir remédios adequados aos males públicos. Eles,