Um jornalista do Império

os lados... sem um soldado no jornalismo que combatesse por ele desacreditou-se."(11) Nota do Autor

O Sete de Abril, de Vasconcelos, em linguagem solta, ia às do cabo contra o Governo. Sales Tôrres Homem, no Jornal de Debates, engrossava a oposição. A favor de Feijó surgia o Parlamentar, suspeito de ser redigido por Montezuma e Limpo de Abreu, vazado em linguagem de arrepiar. Assim conceitua os que combatiam o Governo: "mais semelhante a um possesso do que a um ente racional, a oposição no Brasil é uma fúria que só engendra calamidades e promete convulsões e horrores". (12) Nota do Autor Em outro número chama-os de "súcia de balofos", e seu jornalismo de "assalariado por uma facção ignóbil e turbulenta".(13) Nota do Autor Bernardo de Vasconcelos é o trinchador dos ministros de D. Pedro, despeitado por não ter sido escolhido senador. Caprichando na injúria, acrescenta: "Feito senador, ei-lo Ministro da Fazenda! Que de serviços então não poderia ele fazer em pagar dívidas atrasadas!" (14) Nota do Autor Com grifos e exclamações feriam a honorabilidade do político mineiro. Na sua própria província os governistas tangiam a mesma nota. Em São João del Rei, o Astro de Minas, redigido pelo padre José Antônio Marinho, com a colaboração de Teófilo Ottoni, dele dizia "que não era muito acreditado em transações financeiras". (15) Nota do Autor Chama-o de "mostrengo" e afirma não existir no Brasil "um coração mais sequioso de sangue". Numa tirada bem pouco condizente com a temperança canônica, dizia o clérigo aludindo aos acontecimentos de Rio Pardo, onde pereceram 65 pessoas: "Homem perverso !... Os

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