nefandos estupros, cometidos nas virgens de dez, e 11 anos, agradam-te, o roubo agrada-te, igualmente agradam-te o pranto, a orfandade, a viuvez..." (16) Nota do Autor
Homem singular, Bernardo Pereira de Vasconcelos. Escritor de espírito, assim o pintou: "Foi o mais agressivo, o mais agredido, o mais invejado e o mais invejoso dos políticos militantes. A ninguém poupava; ninguém o poupou."(17) Nota do Autor Retrato exagerado. Falta aí dizer ter sido ele o político mais sagaz, mais esclarecido e mais realizador, surgido após o 7 de Abril.
No seu jornal dava troco às agressões, quando não as iniciava, com redobrado furor. Depois de perguntar o que faziam os tais parlamentares [do Parlamentar], responde: "Mentem, intrigam, zurram, caluniando, difamando; e eles, limpos de brios! Mas abastados em perversidade e protérvia, mudam de bordo, não tocam mais em suas infâmias demonstradas, inventam novas."(18) Nota do Autor Limpo de Abreu, imediato de Feijó na chefia dos liberais, era "energúmeno" - "decidido protetor das tretas e jurado antagonista das letras".(19) Nota do Autor
Nesse tom, arrepiados como porcos-espinhos, polemizavam os grandes políticos. O estilo apreciado era assim: grosserias primárias cuspinhadas por cima dos muros baixos na mesquinhez de terreiro.
Acossado, o Governo regencial multiplica processos contra os jornais adversos. O Sete de Abril várias vezes é levado à barra do Tribunal. Em todas o júri por unanimidade o absolve. As decisões fazem o Parlamentar bufar de indignação. Invocando encíclica de Gregário XVI, datada de 15 de agosto de 1832, na