foi "na imprensa política brilhante astro de luz pela sua ilustração, e pela escola de seu belo estilo, às vezes em exaltações de ofendido ou de partidário em ressentimento de derrotas políticas, cratera de vulcão aberta a despedir lavas estupendas".(38) Nota do Autor
A diversidade de temperamentos mais os aproximava. Entre homens de imprensa são comuns as disputas de vaidade, as veleidades de primazia, os ciúmes do favor público. Segando no mesmo campo, mutuamente se auxiliavam com incentivos, conselhos e críticas recíprocas. Nunca tiveram atrito. Firmino, tímido, admirava a vitalidade esfuziante de Justiniano; este, versátil, a compostura grave de Firmino. A apreciação de Macedo é insuspeita porque o romancista, além de Contemporâneo, era adversário político deles. "Justiniano Rocha escrevia de improviso, e com facilidade até hoje não igualada. Firmino meditava antes de escrever. Eram ambos eloquentes. Aquele, porém, menos, e este mais zeloso da beleza da forma e do apuro do estilo. Rocha excedia a Firmino na estratégia e na habilidade com que explorava as contradições de ideias, e as indisposições pessoais dos adversários, procurando expô-los em discórdia. Firmino cuidava mais do que Rocha na fortaleza da argumentação calculada. Um e outro foram primorosos e esforçados paladinos da imprensa. Em Rocha havia combinação de Aquiles e Ulisses; em Firmino predominava Aquiles até com a sua vulnerabilidade pelo calcanhar, porque de fina suscetibilidade e irritável, às vezes ferido pela injúria, excedia-se, reagindo na polêmica. Foram ambos grandes nas campanhas da tribuna universal."(39) Nota do Autor