alicerce da ditadura, se a oposição não estivesse alerta, e não fizesse recuar o poder".(35) Nota do Autor
Manteve-se o Cronista até meados de 1839, quando desapareceu. Em defesa do Gabinete, sustentou polêmicas com o Jornal de Debates, já então na oposição, o Parlamentar e a Aurora, apontada como redigida por Tôrres Homem. Com a saída de Justiniano a folha ficara a cargo de Firmino. Mais tarde, em carta dirigida a Paulino José Soares de Sousa, queixando-se do Gabinete de 19 de setembro, dizia Justiniano: "Caiu esse Ministério, a quem mostramos tanta dedicação, e que ficamos sendo ? O Firmino coisa nenhuma; eu professor de Geografia e História do Colégio de D. Pedro II."(36) Nota do Autor
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Temperamentos diversos, os dois jornalistas se completavam. Justiniano, expansivo, loquaz, indisciplinado, criando casos com os próprios companheiros de partido. Dele diria Eusébio de Queirós que "seria mais feliz se tivesse dez vezes menos de talento e uma vez mais de juízo prudencial". Firmino, introvertido, de poucas expansões, com rigoroso senso de responsabilidade partidária, manteve como jornalista atitude de coerência durante toda sua vida. "Poeta e jornalista conservador" - é como o qualifica o Barão do Rio Branco.(37) Nota do Autor Poder-se-ia acusá-lo de violento. Por vezes o foi, mas quase sempre em represália, quando provocado. Joaquim Manuel de Macedo afirma que ele