da "Fiação, Tecelagem e Estamparia Ipiranga Jafet S. A.", hoje ocupando uma área de 45.000m2 e dando trabalho a 3.200 operários. Dos quatro irmãos, Nami Jafet foi o que mais se destacou, transformando-se num verdadeiro líder da colônia sírio-libanesa da capital e legando a seus filhos o sentimento ativo e empreendedor, que se patenteia no chamado Grupo Jafet, possuidor de 11 empresas, com um capital aplicado de 749 milhões de cruzeiros, não apenas no campo têxtil, mas no da mineração e metalurgia ("Mineração Geral do Brasil Ltda.", "Empresa Continental de Minérios e Minas Jangada S. A.", diversas usinas de laminação de ferro), da construção de máquinas: para a indústria e para a lavoura ("Codiq"), estaleiros navais ("Cruzeiro do Sul") e até mesmo fora do setor industrial ("Banco Cruzeiro do Sul"; empresas de navegação em águas nacionais, como a "Frota Carioca", que serve o Rio de Janeiro e Niterói, e internacionais, com uma frota de 13 navios; o jornal "Folha Carioca", etc.).
São exemplos expressivos, aos quais só nos falta acrescentar o mais impressionante de todos - de Francisco Matarazzo, que chegou ao Brasil em 1881, aos 27 anos de idade, desejoso como tantos outros imigrantes italianos de realizar os sonhos que só o Novo Mundo podia concretizar. Sua recepção em terras brasileiras foi-lhe sem dúvida hostil, pois, ao entrar no porto do Rio de Janeiro, o navio que o conduzia naufragou, levando para o fundo do mar os vinhos e os queijos que constituíam a principal base do início da sua aventura... Isto, porém, não o abateu. Dirigiu-se para a cidade de Sorocaba, onde abriu uma pequena casa de comércio; e, como recebesse muitos porcos em paga dos produtos que vendia, teve a ideia de também dedicar-se à produção da banha. Foi esta a primeira de suas atividades no campo industrial. Em vez de acondicionar o produto em barricas, como era de uso, passou a fazê-lo em latas, o que o levou, com o tempo, a fabricá-las, a fim de não depender dos que as fabricavam. Em 1890, associando-se a dois outros irmãos, José e Luís Matarazzo, criou a firma "Matarazzo & Irmãos", com estabelecimento à Rua 25 de Março, na capital paulista. Além da indústria da banha, a nova firma passou a negociar com trigo importado dos Estados Unidos e arroz procedente da Cochinchina. Em 1900, estabeleceu os primeiros moinhos de farinha de trigo, que exigiu a fabricação de sacaria, e, através desta, levou Matarazzo para o campo da indústria têxtil (Fábrica "Mariângela", 1904), onde se notabilizou no fabrico de tecidos de chita. Em seguida, entregou-se à indústria de fósforos, refinação do óleo de caroço de algodão, línter, torta, farelo, sabão para lavagem, velas, sabonetes, perfumes, pó de arroz, batons, açúcar, sal, álcool, tintas, vernizes, seda artificial, formicida, sulfetos, amido, glicose, creolina, etc. E à medida que se multiplicavam as indústrias, a já então "Sociedade Anônima Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo" (I. R. F. M.) procurava, em proporções sempre maiores, bastar-se a si própria e expandir-se à margem de sua linha de produção; daí a instalação de serrarias, fábrica de pregos, usinas metalúrgicas, oficinas litográficas, fábricas de