queria Derby. Foram muitos os documentos descobertos pelo professor Taunay e por mim. (V. nota 37).
8º - A bandeira de Nicolau Barreto teria ido até ao Peru, com possibilidade até Potosi. Calógeras, na sua Política Exterior do Império, vol. I, se manifesta contra isso, mas eu penso que não haveria impossibilidade, uma vez que a bandeira esteve tanto tempo fora do povoado. De fato! Onde teria ela estado? O que teria ela estado fazendo?
9º - Entre a escravidão do índio bravo das selvas, ainda não civilizado, e o índio manso das reduções jesuíticas, já catequizado, já chamado a si pela civilização, os bandeirantes, evidentemente, preferiam estes. É a própria razão natural das cousas que isso faz raciocinar. Também assim se manifesta Basílio de Magalhães, Expansão Geographica, 117, citando Capistrano.
10º - Os escritos jesuíticos não podem ser tidos senão como depoimentos de testemunhas informantes, porque eles são naturalmente apaixonados, como provindo de partícipes que tomaram íntima parte na luta e não como julgados de juízes.
11º - Os paulistas não eram tão malvados e cruéis como os autores históricos, baseados nos escritos jesuíticos, querem os pintar. Eles teriam interesse em poupar a mercadoria humana, que era os apresamentos de índios que realizavam, de modo que não podiam destruí-la, como mostram os escritos dos jesuítas.
12º - A marcha média dos sertanistas seria de 12 a 15 quilômetros por dia, sendo que, excepcionalmente, elas andariam pouco mais que isso, mas a regra geral era isso e muitas delas caminhariam apenas cinco, seis, sete ou oito quilômetros por dia.