Meio século de bandeirismo

13º - Creio que as duas bandeiras de Belchior Carneiro e de Martim Rodrigues que em 1607-1608 foram aos Ibirayaras, tomaram o caminho do Guairá, onde ainda se não haviam estabelecimentos jesuíticos, entretanto, já havia farto celeiro de índios a apresar.

14º - O pirata inglês Fenton não coincidiu, na sua vinda a Santos, com a esquadra de Diogo Flores de Valdez, a qual provavelmente encontrou em Santos o pirata inglês Withrington, que atacou Santos em 1582-1583. Fenton teria agido em 1577, portanto, cinco a seis anos antes. Evidentemente não podia se tratar dele, por mais que demorasse a sua ação com a repressão de Valdez que só saiu da Europa em 1582. Por não ser ainda a Inglaterra inimiga de Portugal, que ainda não estava incorporado aos Felipes, inimigo dos ingleses, Fenton teria procedido, em Santos, não como um inimigo, e sim como um simples visitante.

15º - A invasão de terras castelhanas, a conquista de Guairá, a expansão geográfica paulista, não tiveram lugar guiado por fins políticos, mas unicamente econômicos. Os paulistas não tiveram como objetivo aumentar as terras portuguesas. Unicamente eles tinham em mente o apresamento do gentio. Eles só pensavam em buscar remédio para suas necessidades econômicas. É também o que diz Calógeras na Política Exterior do Império, I.

16º - Os jesuítas em terras castelhanas teriam visado a constituição de um império teocrático, isto é, eles tinham em vista um objetivo político.

O Prof. Taunay diz isso na sua História Geral das Bandeiras Paulistas, vol. I, 58.

17º - Os planaltinos manifestaram a mais absoluta indiferença pelas agruras dos nortistas, quando

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